Parte II – Chegando perto...
A ansiedade da viagem só chegou poucos dias antes. Trabalhamos direto até o dia 30/06 e viajamos no dia 06/07. Ou seja, uma semana para ver malas, o que levar e etc. No domingo, dia 05/07, eu já havia feito e refeito a minha mala umas três vezes, aí meu marido olhou pra mim e disse: “ok, a gente vai pro cinema agora! Você precisa se acalmar.” Foi ótimo! Dei uma relaxada (fomos ver “Transformers 2” – cineminha do tipo “diversão-mas-nada-que-seja-muito-profundo”), rimos e, realmente, foi essencial para dar uma “centrada” nas minhas idéias.
06 de julho, dia da viagem. O vôo era as 19h20, mas a idéia era chegar lá tranqüilos, despachar bagagem e esperar. Sempre gosto de chegar no aeroporto com antecedência, pois a gente nunca sabe o que pode acontecer (ou o que podemos esquecer).
Nosso super amigo Du nos levou até o aeroporto (e foi nos buscar também). Fizemos o check in e o rapaz da Air France que nos atendeu disse que era melhor irmos para o embarque porque as filas da polícia federal para averiguação de bagagem estavam grandes. Aceitamos a sugestão/conselho/ordem e fomos direto. Chegando lá, a fila não era tão grande, mas acabava demorando porque as pessoas não lêem o site das suas companhias aéreas e não sabem o que não podem levar na bagagem de mão. Euzinha aqui, que li o site da Air France todo, rs, e já estava por dentro de tudo e, consequentemente meu maridíssimo, não tivemos problema algum. Em compensação, com eu já escrevi antes, a moça antes de nós se lascou, deixando quase toda a sua nécessaire.
Entramos. Duas horas para esperar o avião. O que fazer? Bom, troquei mensagens no celular com a minha amiga/irmã Rê, uma olhadinha no free shop para ver os preços das encomendas que me foram feitas (perfumes e maquiagem) e uma parada para uma cerveja no bar da Devassa que tem na área de embarque internacional de Guarulhos. Detalhe: é o único lugar em que se pode fumar. Por isso mesmo estava cheio. O tempo passou rapidinho, uma long neck e um papo e já era hora.
Fila pro embarque – aliás, eu não entendo direito pra quê fila, afinal, os lugares são marcados! E pior é quando a comissária chama determinadas cadeiras do tipo “30 a 40” e vai um monte de gente de cadeira nº 25 tentando entrar. Triste. Mais triste ainda foi verificar a fila dos nossos companheiros pelas próximas 12 horas: dois bebês de colo (não me levem a mal, adoro bebes, inclusive estou tentando um, mas num vôo de 12 horas, uma cólica pode fazer a vida de 100 pessoas um verdadeiro tormento) e um cachorro chiuaua. É isso mesmo, um cachorro chiuaua. Ele estava dentro daquelas casinhas portáteis, mas o bichinho latinha como se fosse grande. Péssimo prognóstico. Inclusive, de papo com umas moças na fila me coloquei a disposição para doar meu estoque de dramim em nome da tranqüilidade do vôo para o cachorro. Mas não foi necessário. Já no avião, sentados e esperando a início da jornada vimos um homem grande (em altura e peso) levantar e ir até o banheiro. Detalhe era que ele estava com uma camiseta de uma escola famosa aqui da cidade e concorrente direta da escola onde eu leciono. Eu não sei o que tinha o homem, mas ele foi ao banheiro duas vezes antes do vôo iniciar. Depois, com o avião já no ar, mas ainda com o sinal de cintos afivelados ligado, tentou ir ao banheiro, mas levou uma bronca bem grande e mal educada da nossa comissária de bordo francesa. Mais tarde, aparece o homem de novo, todo descabelado, com a máscara para dormir na testa, com aquela cara “preciso ir ao banheiro agora!”, mas desta vez ele teve que esperar. Coisas de um vôo longo. E para contrariar todas as previsões, os babys e o cachorro nada incomodaram, no entanto, quem encheu a paciência foi um passageiro, homem, adulto, por volta dos seus 35/40 anos. Sabe aquela pessoa que fica fazendo comentários bem alto pra ver se alguém concorda com ele (e nesse caso nem a esposa concordava)? “Nossa, dois bebes e um cachorro?! Essa viagem vai ser longa” “O que? Ainda não pode tirar o cinto? Que absurdo” “Brincadeira!” “Não vão servir nada ainda? Absurdo!” E por aí foi... Mas, depois de um tempo, do jantar e de um pouco de álcool, as pessoas vão se aquietando. Filmes, música, livros foram largados pouco a pouco. Eu dormi pouco e mal, porque mesmo não sendo enorme, mas meu 1,70 não estava muito a vontade nas cadeiras da classe econômica. Acorda, fila pro banheiro (duvido que tenha fila na 1ª classe), café da manha (com pãozinho ainda congelado, rs), tentar dar um jeito na cara e no cabelo mesmo sem quase nada na bagagem de mão. Chegamos a Paris. De Paris, faríamos uma conexão para Zurique onde nosso amigo Daniel nos esperava. Estávamos bem tranqüilos pois tínhamos duas horas entre a chegada e a conexão. Engano!!! Quase perdemos a conexão, porque para ir do terminal que chegamos para o terminal que pegaríamos a conexão era preciso pegar um ônibus! O Ônibus demorou, eu precisava ir ao banheiro e ainda tinha a fila, essa sim, gigante de averiguação lá. Mesmo nós estando dentro das normas, como em Guarulhos, muitas pessoas não estavam e demorou ainda mais. Mas uma corridinha foi o suficiente para chegarmos. Mostra a passagem, entra no avião (pequeno, lotado e amedrontador), senta e pronto, lá vamos nós de novo para mais 01h30. Cansadérrimos, só queríamos chegar logo.
Um pouco de turbulência que me fez quase estraçalhar a mão do maridão e, de novo, chegamos em terra firme. Pegar malas (e você sempre fica com o coração apertado achando que a sua, apenas a sua, não chegou), mais alfândega e, dessa vez, perguntaram o que nós faríamos lá, quanto tempo ficaríamos e etc.. Até, finalmente, conseguirmos sair de lá. Ao abrir das portas vimos nosso querido amigo sentado, lendo e nos esperando, de novo. De novo? Explico: meu marido não foi explícito e nosso amigo, acho eu, ansioso pela nossa chegada, entendeu que chegaríamos na segunda quando, de fato, viajamos na segunda e chegamos na terça. Então, domingo, ele liga pra gente pra saber que horas chegaríamos, se o vôo tava atrasado, porque ele tava há 4 horas nos esperando e nós, aqui no Brasil, almoçando! Ficamos bemmmm sem graça, mas ele ficou numa boa e riu da situação.
Então, chegamos de verdade. Abraços, beijos, saudades e tal. Vamos embora para a cidade dele, Saint Gallen, que fica a nordeste de Zurique, perto da divisa com a Áustria. Pegaríamos um trem e em 50 minutos estaríamos lá. Antes disso, sacar francos suíços do caixa eletrônico – só tínhamos euros e um café para por a fofoca em dia enquanto o trem não chegava. Mas o trem chegou rapidinho e só terminamos as novidades já em Saint Gallen. E vou dizer, que cidade LINDA!
A ansiedade da viagem só chegou poucos dias antes. Trabalhamos direto até o dia 30/06 e viajamos no dia 06/07. Ou seja, uma semana para ver malas, o que levar e etc. No domingo, dia 05/07, eu já havia feito e refeito a minha mala umas três vezes, aí meu marido olhou pra mim e disse: “ok, a gente vai pro cinema agora! Você precisa se acalmar.” Foi ótimo! Dei uma relaxada (fomos ver “Transformers 2” – cineminha do tipo “diversão-mas-nada-que-seja-muito-profundo”), rimos e, realmente, foi essencial para dar uma “centrada” nas minhas idéias.
06 de julho, dia da viagem. O vôo era as 19h20, mas a idéia era chegar lá tranqüilos, despachar bagagem e esperar. Sempre gosto de chegar no aeroporto com antecedência, pois a gente nunca sabe o que pode acontecer (ou o que podemos esquecer).
Nosso super amigo Du nos levou até o aeroporto (e foi nos buscar também). Fizemos o check in e o rapaz da Air France que nos atendeu disse que era melhor irmos para o embarque porque as filas da polícia federal para averiguação de bagagem estavam grandes. Aceitamos a sugestão/conselho/ordem e fomos direto. Chegando lá, a fila não era tão grande, mas acabava demorando porque as pessoas não lêem o site das suas companhias aéreas e não sabem o que não podem levar na bagagem de mão. Euzinha aqui, que li o site da Air France todo, rs, e já estava por dentro de tudo e, consequentemente meu maridíssimo, não tivemos problema algum. Em compensação, com eu já escrevi antes, a moça antes de nós se lascou, deixando quase toda a sua nécessaire.
Entramos. Duas horas para esperar o avião. O que fazer? Bom, troquei mensagens no celular com a minha amiga/irmã Rê, uma olhadinha no free shop para ver os preços das encomendas que me foram feitas (perfumes e maquiagem) e uma parada para uma cerveja no bar da Devassa que tem na área de embarque internacional de Guarulhos. Detalhe: é o único lugar em que se pode fumar. Por isso mesmo estava cheio. O tempo passou rapidinho, uma long neck e um papo e já era hora.
Fila pro embarque – aliás, eu não entendo direito pra quê fila, afinal, os lugares são marcados! E pior é quando a comissária chama determinadas cadeiras do tipo “30 a 40” e vai um monte de gente de cadeira nº 25 tentando entrar. Triste. Mais triste ainda foi verificar a fila dos nossos companheiros pelas próximas 12 horas: dois bebês de colo (não me levem a mal, adoro bebes, inclusive estou tentando um, mas num vôo de 12 horas, uma cólica pode fazer a vida de 100 pessoas um verdadeiro tormento) e um cachorro chiuaua. É isso mesmo, um cachorro chiuaua. Ele estava dentro daquelas casinhas portáteis, mas o bichinho latinha como se fosse grande. Péssimo prognóstico. Inclusive, de papo com umas moças na fila me coloquei a disposição para doar meu estoque de dramim em nome da tranqüilidade do vôo para o cachorro. Mas não foi necessário. Já no avião, sentados e esperando a início da jornada vimos um homem grande (em altura e peso) levantar e ir até o banheiro. Detalhe era que ele estava com uma camiseta de uma escola famosa aqui da cidade e concorrente direta da escola onde eu leciono. Eu não sei o que tinha o homem, mas ele foi ao banheiro duas vezes antes do vôo iniciar. Depois, com o avião já no ar, mas ainda com o sinal de cintos afivelados ligado, tentou ir ao banheiro, mas levou uma bronca bem grande e mal educada da nossa comissária de bordo francesa. Mais tarde, aparece o homem de novo, todo descabelado, com a máscara para dormir na testa, com aquela cara “preciso ir ao banheiro agora!”, mas desta vez ele teve que esperar. Coisas de um vôo longo. E para contrariar todas as previsões, os babys e o cachorro nada incomodaram, no entanto, quem encheu a paciência foi um passageiro, homem, adulto, por volta dos seus 35/40 anos. Sabe aquela pessoa que fica fazendo comentários bem alto pra ver se alguém concorda com ele (e nesse caso nem a esposa concordava)? “Nossa, dois bebes e um cachorro?! Essa viagem vai ser longa” “O que? Ainda não pode tirar o cinto? Que absurdo” “Brincadeira!” “Não vão servir nada ainda? Absurdo!” E por aí foi... Mas, depois de um tempo, do jantar e de um pouco de álcool, as pessoas vão se aquietando. Filmes, música, livros foram largados pouco a pouco. Eu dormi pouco e mal, porque mesmo não sendo enorme, mas meu 1,70 não estava muito a vontade nas cadeiras da classe econômica. Acorda, fila pro banheiro (duvido que tenha fila na 1ª classe), café da manha (com pãozinho ainda congelado, rs), tentar dar um jeito na cara e no cabelo mesmo sem quase nada na bagagem de mão. Chegamos a Paris. De Paris, faríamos uma conexão para Zurique onde nosso amigo Daniel nos esperava. Estávamos bem tranqüilos pois tínhamos duas horas entre a chegada e a conexão. Engano!!! Quase perdemos a conexão, porque para ir do terminal que chegamos para o terminal que pegaríamos a conexão era preciso pegar um ônibus! O Ônibus demorou, eu precisava ir ao banheiro e ainda tinha a fila, essa sim, gigante de averiguação lá. Mesmo nós estando dentro das normas, como em Guarulhos, muitas pessoas não estavam e demorou ainda mais. Mas uma corridinha foi o suficiente para chegarmos. Mostra a passagem, entra no avião (pequeno, lotado e amedrontador), senta e pronto, lá vamos nós de novo para mais 01h30. Cansadérrimos, só queríamos chegar logo.
Um pouco de turbulência que me fez quase estraçalhar a mão do maridão e, de novo, chegamos em terra firme. Pegar malas (e você sempre fica com o coração apertado achando que a sua, apenas a sua, não chegou), mais alfândega e, dessa vez, perguntaram o que nós faríamos lá, quanto tempo ficaríamos e etc.. Até, finalmente, conseguirmos sair de lá. Ao abrir das portas vimos nosso querido amigo sentado, lendo e nos esperando, de novo. De novo? Explico: meu marido não foi explícito e nosso amigo, acho eu, ansioso pela nossa chegada, entendeu que chegaríamos na segunda quando, de fato, viajamos na segunda e chegamos na terça. Então, domingo, ele liga pra gente pra saber que horas chegaríamos, se o vôo tava atrasado, porque ele tava há 4 horas nos esperando e nós, aqui no Brasil, almoçando! Ficamos bemmmm sem graça, mas ele ficou numa boa e riu da situação.
Então, chegamos de verdade. Abraços, beijos, saudades e tal. Vamos embora para a cidade dele, Saint Gallen, que fica a nordeste de Zurique, perto da divisa com a Áustria. Pegaríamos um trem e em 50 minutos estaríamos lá. Antes disso, sacar francos suíços do caixa eletrônico – só tínhamos euros e um café para por a fofoca em dia enquanto o trem não chegava. Mas o trem chegou rapidinho e só terminamos as novidades já em Saint Gallen. E vou dizer, que cidade LINDA!
Mapa da Suíça - St. Gallen a nordeste, ao lado do lago Bodensee.
fonte: http://www.switzerland-trips.com/Sankt-Gallen/St-Gallen-Map.jpg