quinta-feira, 8 de março de 2012

O que iremos comemorar?

08 de Março - Dia internacional da Mulher - O texto abaixo é uma reedição de um texto escrito no ano de 2008.

"Hoje, 08 de março de 2008 é a data atribuída, mundialmente, para se homenagear a mulher.

A maioria sabe que essa data foi escolhido por seu significado histórico pois é um marco na luta da mulher por seus direitos como cidadã. Em 1857, na cidade norte-americana de Nova Iorque, operárias de uma fábrica de tecidos entraram em greve para lutar por melhores condições de trabalho: redução da jornada (que beirava as 18 horas por dia), tratamento digno e respeitoso, igualdade de salários (pois recebiam 1/3 do salário dos homens nas mesmas funções) entre outras reivindicações. Em resposta, foram trancadas na fábrica e esta, incendiada. Cerca de 130 trabalhadoras morreram carbonizadas. (*)

Mas mais que parabéns e flores, hoje é um dia simbólico e devemos utilizá-lo para parar e refletir: mas e hoje, como anda a nossa luta?

É fato que, a cada ano que passa, conseguimos mais e melhores direitos.

Podemos votar e ser candidatas (aliás, ocupamos muitos cargos públicos, embora bem menos do que os homens), ocupamos quase todas as áreas de trabalho, existem leis e delegacias específicas para nos proteger, e já quase não nos culpam por termos filhos e trabalhar. Ao mesmo tempo, não apenas no Brasil, mas no mundo afora, atrocidades são cometidas a todo instante: estupros, assassinatos (normalmente por parte do companheiro/marido/namorado/pai), extirpação do clitóris (com o intuito de tornar a mulher submissa, essa cirurgia é feita por muitos povos na África. Sem nenhuma higiene ou anestesia, muitas meninas morrem de infecção, gangrena ou hemorragia). Casamentos forçados, aborto para as gestações de meninas (na Índia, em muitas regiões ainda existe a prática do dote. A família que não pode pagar o dote para casar sua filha, provavelmente, terá que sustentá-la para sempre, pois não arrumará marido. Por isso, gestações de meninas são consideradas problema e, por isso, interrompidas). Aqui, por exemplo, famílias vendem suas filhas como escravas sexuais a particulares ou a bordéis. Muitas são levadas a Europa (principalmente Espanha) para prostituição. Muitas delas ainda, ingenuamente, vão acreditando que conseguirão um "marido rico" - símbolo do fim da miséria e da fome. A realidade, porém, se mostra rápido: ao chegar são levadas ao bordel onde tudo é explicado. Seus documentos são levados e, aquelas que tentam se recusar no início, são espancadas (mas não no rosto). Muitas também são viciadas, contra a vontade, em drogas como heroína, para serem facilmente "domesticadas".

É triste e assustador perceber que, ao mesmo tempo que conseguimos tanto, notamos que ainda nos falta muito. E que tudo acontece lentamente. Exemplo dos "passos de tartaruga", li em uma revista (desculpem, não me lembro a fonte) que, na década de 70 (30 anos atrás), haviam bares em São Paulo que não permitiam a entrada de mulheres sem a presença de um homem pois, afinal de contas, poderiam ser prostitutas! Estamos falando de São Paulo, metrópole nacional, centro cultura e financeiro do país!

Enfim, minhas letras aqui, não visam a tristeza ou o derrotismo. Ao contrário, o mal que nos acomete em todo o mundo e de tantas formas, não deve nos paralizar, mas, ao contrário, nos dar mais garra para ir em frente, em busca do que é nosso por direito: a igualdade, a liberdade e o respeito.
(*) A data foi escolhida para ser o Dia Internacional da Mulher num congresso na Dinamarca em 1910, mas só oficializada pela ONU em 1975."


2012
E o que mudou de lá pra cá?
Não muita coisa, provavelmente quase nada.
No nosso país a mulher continua sendo, na maioria das vezes, uma grande bunda. A maioria conhece as mulheres frutas, que se tornam "famosas" por seus atributos físicos, mas quase ninguém sabe quem é Mayana Zatz (simplesmente a maior geneticista brasileira) ou minha amiga Lys Figueiredo, uma das grandes astrofísicas do Brasil. Continuamos ganhando menos que os homens, sofremos violência física e emocional por parte dos companheiros, nos sentimos culpada por trabalhar e deixar nossos filhos.

Mas uma coisa que tem acontecido nas redes sociais e me deixa profundamente indignada é a difusão de posts colocando TODAS as mulheres como interesseiras ("carro carinho"), merecedoras de violência (provocam, então merecem), fúteis, desequilibradas emocionalmente, seres sem bom senso ou racionalidade. E o pior, boa parte dessa difusão é feita pelas próprias mulheres. Triste. Mostra que o caminho é ainda longo e tortuoso, já que as raízes do preconceito são profundas e fortes inclusive em nós mesmas.

Mas, igual ao texto de 2008, este pretende nos lembrar de tudo que ainda podemos e devemos conquistar. Nos lembrar de tudo aquilo que já conquistamos, nos lembrar que somos merecedoras do melhor, que desejar igualdade em termos legais, profissionais, não exclui um carinho, uma gentileza ou flores.

Que não precisamos nem queremos ser iguais aos homens, porque não somos. Queremos o respeito, a igualdade, as mesmas oportunidades.

Somos mulheres.


P.S.: Mas confesso que ainda acredito que só tem dia especial quem é minoria, quem é excluído, quem ainda precisa encontrar um lugar ao Sol.

sábado, 3 de março de 2012

ROMA - parte IV

Saímos de trem de Zurique as 21h00 com chegada prevista para as 09h da manhã em Roma. A viagem não foi muito confortável, mas pra quem tinha um desejo louco de viajar de trem, foi divertida.

Chegamos no horário previsto e o primeiro choque (quem nem nos passou pela cabeça): a temperatura. Apesar do dia anterior em Zurique ter sido bem quente, pegamos frio em St. Gallen, mesmo em pleno verão europeu. Mas em Roma chegamos a 37ºC! Pegamos as bagagens e um mapa: cadê o hotel. Ele era bem próximo a estação de trem, mas havia um erro no mapa e, por isso, levamos um pouco de tempo até nos localizarmos. Chegamos ao Hotel Patria, mas o check in era apenas a partir das 14h. Mesmo assim o recepcionista, extremamente gentil, guardou nossas bagagens e nos encaminhou ao restaurante para o café da manhã (cortesia). Bom, já que estamos aqui, vamos andar!! O Coliseu ficava a 800m do Hotel e eu estava enlouquecida para vê-lo, mesmo estando de jeans naquele calor mediterrâneo.


Mas a cidade de Roma é uma coisa. Pra mim foi. Começamos a andar e era uma beleza atrás da outra: igrejas, fontes, a Piazza della Republica. Aliás, como bem disse o Xande, em Roma se você tropeçar ou cai numa fonte ou dentro de uma igreja.


Piazza della Republica



Começamos a ir em direção ao Coliseu. E eu fui ficando emocionada. Mesmo. Isso faz parte do que eu sou e do que eu faço. E fomos vendo esculturas, escavações, edificações... e então eu o vi. Ele estava lá, no final da rua, GRANDIOSO: O COLISEU ROMANO. Me deu uma coisa, os olhos encheram de lágrimas. Ele existe sim. Está lá, de pé, desde 80 d.C., quando foi inaugurado, mas espantosamente sua construção iniciou apenas 8 anos antes sob o governo do Imperador Vespasiano e suas atividades foram encerradas em 523.




Tivemos muita sorte porque apesar da longa fila, não esperamos mais que 30 minutos para entrar. Não há muito o que dizer. Tem que ir lá. É maravilhoso!!! Eu tocava as paredes e imaginava todos os homens, todos os gladiadores, todos os escravos que passaram por ali e nunca mais saíram. Do sangue derramado, da política do "pão e circo", da grandiosidade a serviço da mediocridade humana. Fomos ainda ao Fórum Romano e ao Capitólio. Me espantou muito o tamanho das coisas: todas as edificações são gigantescas. No final, o passeio inicial rendeu e só voltamos ao hotel para o check in depois das 18h.


Banho tomado, fôlego retomado, vamos jantar!
Infelizmente, nossa primeira experiência gastrônomica em Roma foi decepcionante: comida, vinho e atendimentos ruins. Então, se for a Roma, passe longe do Ristorante La Cucina Nazionale, na Via Nazionale, 300184.

Após o jantar, uma caminhada pelos redondezas do hotel e demos de cara com um Irish Pub. Paramos pra uma cerveja e planejar o dia seguinte: Vaticano. Nós já haviamos comprado os ingressos pela internet, mas precisávamos ver como chegar lá (a pé ou metrô) visto que era o lugar mais longe que pretendíamos visitar. Decidimos ir de metrô e depois, voltarmos a pé. Tem muita gente que eu conheço que curte e curtiu fazer passeios naqueles ônibus abertos. Mas vou dizer que fazer a pé nos permitiu ver uma enormidade de coisas que não veríamos de bus. Além disso, era decisão nossa o ritmo, onde parar, o que ver, o que não ver. Cada um, cada um.



Impressão do primeiro dia: a palavra que me vem é grandiosidade. As edificações são lindas, em todos os sentidos, mesmo sendo a maioria delas, bastante castigadas pelo tempo. Mas depois de passar dias na calma, educada e limpa Suíça, conhecer a barulhenta, suja e bagunçada (ainda que maravilhosa) Roma, foi um pouco chocante.





13/07

Depois de uma noite onde não dormimos, desmaiamos, acordamos bem, tomamos café e pé na estrada. Pegamos o metrô até as proximidades do Vaticano e a pé fomos conhecendo mais coisas. Afinal, nem tudo é ponto turístico e tem coisas lindas, ruelas, casas, flores nas janelas que merecem ser apreciadas. As belíssimas pontes e esculturas sobre o Rio Tibre (mega poluído), feirinhas de usados, badulaques para turistas, livros, gravuras (voltamos lá depois e compramos uns livros de arte e um poster do Homem Vetruvianno do Leonardo da Vinci). Sol escaldante, cerca de 35ºC. E ahá, descobrimos a maravilha das maravilhas, acho que a melhor coisa de Roma: o sorvete italiano. Häagen-Dazs my ass!!! Qualquer biboca, tiozinho de rua, vende o melhor e mais maravilhoso sorvete que você já provou na vida. E eu que adoro chocolate amargo me deliciei: todos os sorvetes de chocolate eram de chocolate amargo. Muito sorvete pra aplacar o calor e fomos em direção a Praça São Pedro. Pânico. Milhares de pessoas em filas sem começo nem fim. Apesar do susto, começei a observar a multidão: gente de todas as idades, nacionalidades, credos e línguas. Uma verdadeira torre de babel!!!






Refeitos do espanto, fomos procurar a entrada para o museu e, surpresa, surpresa, pra nós que já havíamos comprado os ingresso via internet, havia uma fila diferenciada e... VAZIA. Beleza, entramos direto.


O Museu é inacreditável. A Capela Sistina é uma coisa tão incrível, tão fantástica, que não dá pra descrever. Estamos tão acostumados a ver apenas aquilo de pior que o ser humano pode fazer que, às vezes, esquecemos de tudo de maravilhoso que ele também pode criar.


Levamos mais de 5 horas na visita e não vimos tudo. Com o livro sobre Roma que ganhamos da minha querida amiga Renata, fomos descobrindo o museu. E não interessa se você não entende nada de arte. É lindo. Simples assim.


Apesar da proibição de foto e filmagem, tava todo mundo filmando e tirando foto. Só não valia fazer isso do lado do segurança que aí, o homem chiava, fora isso, tranquilo. Obras de todos os lugares do mundo: Grécia, Mesopotâmia, Egito, China... Mas, não vou negar que me doeu um pouco, afinal, boa parte disso foi roubado, pilhado dos seus países de origem. Mas vamos lá. Fim de tarde, fomos para a Catedral de São Pedro. Como eu havia fuçado na internet para saber as regras (sim, há regras nas igrejas: ninguém entra com ombros ou joelhos aparecendo) entramos sem problemas, mas na nossa frente havia uma moça com uma saia acima do joelho que não pode entrar.

Se até agora eu falei da grandiosidade das coisas, tudo pareceu pequeno quando entramos na catedral. É descomunal, linda, mas descomunal. E mesmo quem não é religioso ou sequer católico, não tem problema, veja com os olhos voltados à beleza da arte e da arquitetura. A Pietá e perfeita. Assim, PERFEITA. Mas... ahhh tinha que ter um mas. Entramos para ver os "Tesouros do Vaticano" e eu vou dizer que eu saí de lá com raiva. É isso mesmo, você leu direito, raiva. Centenas de jóias, roupas bordadas a ouro e pedras preciosas, empoeiradas. Um pequeno anel daqueles alimentaria a Somália por uns 6 meses fácil. Mas enfim...




Saímos de lá, já no fim dos raios de Sol. Mais sorvete. Mais fotos.
E viemos a pé, olhando um monte de lugares lindos: Piazza del Poppolo, Piazza de Spagna (com suas escadarias lotadas de gente jovem e muita paquera) e não vou negar, dei um olhadela nas vitrines da Dior, Prada, Versace (ai, meu sais), DG, Armani, Louis Vuitton, M.A.C..


Passamos num lugar, que me pareceu um teatro e isso estava escrito gigante, na fachada: "Il poolo italiano é il poppolo immortale, che trova sempre una primavera per le sue esperanze, per la sua passione, per la sua grandezza". Lindo não é? Continuamos andando e nos deparamos com um portão enorme, meio aberto... Curiosidade falou alto e demos uma espiadela: um ruazinha fechada, com prediozinhos, lindos, com flores nas janelas. Sossego no meio do caos romano.






Paramos na Piazza San Loreno in Lucina para jantar. E aí sim, uma belíssima refeição. Infelizmente, eu perdi a nota do restaurante, mas na Piazza tem dois: um do lado direito e um do lado esquerdo. Nós comemos no do lado esquerdo. Bom atendimento, excelente massa (óbvio) e ainda uma grappa para finalizar.




Chegamos ao hotel após as 00h30, exaustos, mas bastante realizados pelo maravilhoso dia.
Amanhã tem mais.




14/07

Ritual matinal básico: banho, café e rua!! Mas hoje, as coisas começaram, já cedo, divertidas. O Xande resolveu sair com a camisa do Flamengo em plena Roma. Já no hotel, chamou a atenção de um casal de Araraquara!!!!

Voltamos as proximidades do Vaticano para conhecer o Castelo de Santo Angelo que, teoricamente, tem uma passagem direta subterrânea até o Vaticano (viu o filme "Anjos e Demônios"? pois é). Belíssimo lugar. Depois a maravilhosa e estonteante Fontana de Trevi. Apesar de zilhões de seres humanos, deu pra chegar pertinho, tirar fotos e tudo mais. E aproveitar pra pegar uns sorvetinhos hehehe. Depois piazza Navona, outro lugar lindo, cheio de fontes, prédios históricos, o Panteão. No meio do caminho, um grupo de guris de uns 20 anos, olharam pra nós, pra camisa do Flamengo e gritaram: "Vocês são brasileiros?! Poxa, ajuda a gente!!" hehehehehehe estavam perdidos, não estava entendendo o mapa, ajudamos e sairam felizes da vida. Paramos pra uma coca-cola gelada, porque tem horas que água nenhuma mata a tua sede, e uma senhora passou por nós, voltou, olhou e disse: "belo time o seu hein?" A senhora, do Rio de Janeiro, sentou e conversou um pouco conosco (pena que não me lembro o nome dela), falou que tinha amigos na embaixada e viajava sempre à Itália. Andamos, mais prédios e piazzas lindas e paramos na Piazza Campo del Fiori, por volta das 19h para jantar. O melhor restaurante de Roma. Charmoso, pequeno, numa via que ligava a Piazza Campo del Fiori a Piazza a Piazza Farnesi que dá nome ao restaurante. O Ristorante e pizzeria Farnese, na via Baullari, 109, foi uma exelente experiência: atendimento simpático e eficiente e uma comida maravilhosa. O garçom, quando nos atendeu, não conseguiu e perguntou "Que esquadras é esta?" e aí se vai o papo do Flamengo, do Adriano (que estava jogando na Itália na época). Enquanto esperávamos a comida, vimos um grande movimento de carros e pessoas extremamente bem vestidas (black tie) num prédio mais a frente e descobrimos que era a embaixada da França e como era o dia da Revolução Francesa, da queda da bastilha, tinha um grande baile em comemoração. E a professora de História de araque aqui sequer tinha lembrado. Paciência.











Ficamos frutrados por não conseguir comer tal qual o povo italiano. A refeição completa tem que ter o antepasto/entrada, o 1º prato (massa), o 2º prato (carne, peixe ou frango), acompanhamentos para o 1º e 2º pratos (salada, vegetais) e sobremesa. Claro que tudo isso regado a um bom vinho. Só conseguimos a entrada e ou o 1º ou o 2º pratos. Não dava pra comer os dois. Não sei como esse povo consegue.


Voltamos para o hotel cedo, por volta das 22h e deu vontade de mais uma voltinha, em busca de uma cerveja gelada para aplacar o calor. Aí lembramos de um lugar que parecia bem simples, com mesinhas de metal e flores de plástico. É lá mesmo. Na mesma rua do hotel, chegamos, perguntamos se o garçom falava em inglês, falava, ok, e aí ele trouxe o cardápio. Surpresa número 1: a "carta" de bebidas era gigante. Cervejas de todos os lugares do mundo. Pensamos: "poxa, que boteco bem provido!" Escolhemos e aí o Xande foi ao banheiro, dois segundos depois ele volta: "ENTRA!" Entrei. O lugar era enorme, a parte do bar era a menor de todas, pois simplesmente estávamos no maior distribuidor de bebidas de Roma, a Enoteca Goffredo Chirra, localizada na via Torino, 132. Além de bebidas, doces finos, temperos, geleias de todos os tipos e para todos os bolsos, pois vi uma champagne de mais de 3 mil euros!!! Voltamos pra mesa, pasmos. No meio da conversa o garçom chega com o pedido, para olha pra nós e diz: "vocês também são brasileiros?" Maurício, o garçon, é paulistano e estava na Itália há alguns anos fazendo curso para sommelier. Depois dali iria passar uns tempos na França. Gente finíssima, nos mostrou a loja, nos deu dicas sobre geléias, azeites e, claro, cerveja. Cerveja que marcou e que nos fez lembrar do nosso amigo Pedro Paes Leme: "La Bierre du Demon" uma belga com 14% de teor alcóolico.


Voltamos para o hotel. Precisamos lavar roupa, mas não conseguimos entender as máquinas daqui, rs. Deixar pra fazer me Paris.




15/07



Último dia em Roma. Vontade louca de ver cada vez mais coisas e andar pela cidade, mas as baterias começam a dar sinal de que estão em baixa. Dores nas pernas (e meu estoque providencial de dicoflenaco potássico - antiinflamatório, já está quase no fim!!) e o calor, nos deu uma acalmada. Fomos até o Monomento em homenagem ao rei Vítor Emmanuel II, unificador da Itália. Depois Santa Maria Maggiori, onde esquecida das regras das Igrejas e de blusinha de alça, me obrigou a comprar um lenço para cobrir os ombros. Mas tudo bem, valeu. Depois um outro museu, o Musei Capitolini, lindo, lindo, tem umas áreas em vidro, na parte subterrânea onde ainda estão escavando e encontrando muita coisa. Por isso que só tem duas linhas de metrô em Roma: cada vez que começam obras para a ampliação, algum artefato é encontrado e aí, pára tudo. Dizem que para haver essas duas linhas, fiscal teve que olhar pro lado...rs...



Enoteca Goffredo Chirra


Rei Vitor Emanuel II - unificador da Itália






Bom, voltamos para o hotel cedo. Amanha vamos embora e precisamos fazer as malas e organizar tudo. Levamos dessas mochilas gigantes que eu descobri, não são nem práticas nem confortáveis. Pesam a beça (eu mal conseguia andar e carregar a minha). Não importa o que me dizem, mala de rodinha é a vida. E tenho dito.

Saímos pra jantar no Ristorante del Giglio. Excelente também!! Mas ainda fico com o atendimento mais amigável do Farnese. Depois, passadinha na Enoteca Chirra, uma última cerveja em Roma, umas comprinhas e vamos lá, que amanhã é Paris!!!!

Pontos Finais

A viagem foi em 2009 e já estamos em 2012. Iniciei o diário de viagem e, por muitos motivos, finalizá-lo foi ficando pra um depois que nunca veio.

Mas eu acredito na importância dos pontos finais.
Então, mesmo tudo isso tendo se passado há 3 anos, mesmo que eu e meu companheiro de viagem já não habitamos mais o coração um do outro, retomei a incumbência de fazer o relato de uma viagem belíssima e que será lembrada com muito carinho sempre.

Ao leitor, se houver algum, peço paciência.
Tentarei ser o mais rápida, mas não a mais breve já que, observando o clichê feminino, detalhamentos são essenciais para essa história.

Aos poucos, mais e mais pedaços serão alinhavados aqui.

A parte da Suíça está pronta.
Agora começarei Roma e, depois, Paris.

Aos poucos que lerem isso, espero que gostem, que se divirtam, que consigam imaginar os cenários e, quem sabe, se inspirem para uma viagem.