segunda-feira, 9 de julho de 2018

Nossa Viagem à Paraty – julho de 201




Bom, queríamos viajar para comemorar o nosso aniversário de casamento, mas tinha que ser para algum lugar próximo (moramos em Jacareí), pois estamos no meio de reformas na casa.  Optamos por Paraty: 3 horas de distância e, no inverno, sem lotação, preços mais em conta e tempo seco.
Da nossa região poderíamos escolher dois caminhos para ir para Paraty: por Ubatuba (cerca de 4 horas) ou por Cunha (cerca de 3 horas). Escolhemos Cunha porque era uma estrada que ainda não conhecíamos. Saindo da Dutra, entramos na rodovia 459 que passa por Cunha e que, na sua continuação, leva até a estrada Cunha-Paraty. Na altura do quilômetro 67, uma bela cachoeira, onde demos uma paradinha para esticar as pernas. 

 Cachoeira do km 67

 Chegando a estrada rumo a Paraty é preciso alguns cuidados. Na maior parte do trajeto, o chão de lajotas é bacana, uma pista para cada lado, com algumas baias de apoio ao longo do caminho. Não há nenhum ponto turístico, mas a paisagem da Mata Atlântica preservada é lindíssima. O perigo começa no fim do trajeto. Nos últimos 8 ou 9 km tem partes com apenas uma pista e muitos, mas muitos buracos (além de grandes). Mas ainda assim, vale o trajeto, é só tomar cuidado, como em qualquer viagem.
Chegando ao nosso destino, fomos em direção a nossa hospedagem. Através do Booking.com, escolhemos a Boutique Hotel Carpem Diem (https://www.boutiquehotel-paraty.com/pt-br), super perto do centro histórico (cerca de 500m), com ótimas avaliações e preço dentro do que queríamos pagar. Acertamos em cheio! Pousada linda, super aconchegante, quarto e banheiros amplos, limpíssimos, cama super confortável e excelente café da manhã. O Paulo nos atendeu muito bem e nos deu várias dicas de passeio.
Chegamos bem na hora do jogo do Brasil x Bélgica. Como eram 15h e não havíamos almoçado ainda, largamos a bagagem e fomos em direção ao centro histórico para procurar comida e, claro, um lugar para ver o jogo. Assim que passamos a ponte nos deparamos com o Restaurante Ondina. Não procuramos, apenas entramos no primeiro que encontramos. A beira do canal, fomos bem atendidos enquanto assistíamos ao jogo (e, infelizmente, a derrota) do Brasil. Pedimos de entrada bolinhos de bacalhau e depois a Lula Recheada com palmito e camarão no molho de leite de coco. A maior parte dos pratos é para duas pessoas, apenas uns três, como a lagosta, são individuais, mas o garçom avisa. Bom atendimento, belo visual e uma boa comida.
Após o almoço/café da tarde, fomos dar uma volta pelo belíssimo centro histórico. Nos deparamos com uma exposição de arte “Far From Home” sobre imigrantes na Capela de Nossa Senhora das Dores, a Capelinha (http://www.paraty.com.br/noticiasparaty.asp?id=8958).

 Da janela da Capelinha

Voltamos a nossa pousada, descansamos um pouco e depois voltamos para o Centro Histórico. Passeamos até umas 22h00 e resolvemos voltar para a pousada. Antes, demos uma parada no “Hambúrguer da Chefa”, perto da prefeitura, onde o maridão resolveu comer um lanche.  Simples e gostoso, sem exageros, para uma fome de fim de noite.
No dia seguinte, acordamos preguiçosos, afinal estamos de férias! Tomamos um belíssimo café e nos organizamos. 
 Na pousada

Bom, aí vem a parte que depende do seu objetivo. Por exemplo, dá para ir até o pequeno porto e comprar um passeio com empresas ou alugar um barco com locais e passar o dia conhecendo ilhas e praias ou você pode escolher uma praia e passar o dia sossegado ou ainda pode alugar uma bike e explorar a região ou também comprar um passeio e fazer uma trilha para várias cachoeiras. Enfim, são muitas opções. Nós estávamos numa vibe de sossego, de relax, então decidimos por ficar numa praia só. 
A pé da nossa pousada, caminhamos uns 15 minutos e chegamos a deliciosa Praia do Jabaquara. Praia de mar calmo, muitos quiosques para escolher e “acampar”. Ficamos no quiosque “Casa Nossa”. Chegamos por volta das 10h, eles ainda estavam abrindo, mas o garçom já veio, conversou, falou pra gente ficar a vontade. Pegamos dumas espreguiçadeiras com um enorme guarda-sol e lá passamos quase o dia todo. Sol quente e água numa temperatura agradável criaram um dia de inverno com cara de verão, mas sem a super lotação. Cerveja gelada, muita água, petiscos de frutos do mar (comemos o “mixto frito” com lula, camarão e peixe – delicioso!). 

 Praia do Jabaquara

Perto das 16h fomos dar uma volta no Museu Forte Defensor Perpétuo, (da praia ao forte levamos cerca de 20 minutos caminhando) onde, teoricamente, haveria um espetáculo de música, mas estávamos errados e era lá na Capelinha, a mesma em que fomos ontem. O museu tem um acervo bem pequeno, mas lá do alto dá pra se ter uma belíssima vista de Paraty. Se não curte museu, vale pela paisagem e pelas belas fotos. 

 Vista do Forte

Descemos e fomos para a capelinha. O espetáculo musical faz parte da programação do projeto “Estações Musicais em Paraty 2018”. Todos os meses, acontecem shows pela cidade que variam de música clássica a MPB. Nós assistimos a série Fazendo Sala com o trio de saxofones A Plenos Pulmões, de Curitiba que tocou sonatas de Bach. Não apenas eles eram excelentes, como entre cada sonata, um dos músicos falava um pouco sobre a história de Bach e de alguns instrumentos musicais. Confira a programação para o resto do ano aqui http://www.paraty.com.br/estacoes-musicais-paraty/

 Trio de saxofones A Plenos Pulmões

Voltamos para a pousada por volta das 18h. Banho, um descansinho rápido e voltamos ao Centro Histórico para jantar. Dessa vez o escolhido foi o restaurante tailandês, Thai Paraty(https://thaiparaty.com.br/two/). Gente, pensa numa comida maravilhosa! Ambiente acolhedor, colorido, mas sem “gritar”, ótimo atendimento e uma comida gostosa para guardar na memória. Pedimos de entrada o Pla muk pad ped (lula grelhada com molho de ostra, cebola, cebolinha e manjericão tailandês) que é de comer rezando. Quase desistimos dos pratos principais para pedir vários desse! Depois eu pedi o Chuchi Goony (curry vermelho com camarão, legumes, folha de limão kaffir e arroz de jasmim e o Léo pediu o Kaeng Kua Sapparod (curry vermelho com camarão, abacaxi, manjericão tailandês e arroz de jasmim, servido dentro do abacaxi. Olha, coisa dos deuses. Esperamos poder voltar em breve. Enquanto isso, eu já estou pesquisando a receita do Pla Muk para fazer em casa.


Os pratos principais do Thai Paraty


Na sobremesa, resolvemos comer num dos vários carrinhos espalhados pela cidade vendendo bolos e doces, mas desaconselho fortemente. Os doces eram horríveis, eu mesma não consegui comer.
Mais uma volta, fomos até a Casa da Cultura ontem estava rolando outro espetáculo de música, do projeto Estações Musicais, mas era num ambiente fechado e estava lotado. Ficamos ouvindo um pouco do lado de fora, depois aproveitamos para ver a exposição e ficamos batendo perna pela cidade até a canseira do dia de praia bater.
No dia seguinte, café da manhã preguiçoso, um pouco de leitura no lounge a beira da piscina. Resolvemos ir embora por volta das 11h. Nos despedimos, agradecemos e pegamos a estrada. 

 Na pousada

Na volta paramos no Lavandário em Cunha. Eu sempre tive curiosidade em ir lá, mas confesso fiquei um pouco decepcionada. Paga-se para entrar (R$10,00 cada), mas não há nada demais: plantações de lavanda na sua maioria (mas eu esperava uma área maior), placas explicando a propriedade medicinal de cada espécie e uma lojinha caríssima. É bonito e dá boas fotos, mas é isso.

Lavandário, Cunha. 

Lavandário, Cunha.

Estrada de novo rumo a Guaratinguetá para almoçarmos no restaurante francês O Paturi (http://www.paturi.com.br/), dica de um amigo do maridão. Eu havia lido algumas avaliações no Tripadvisor e não tinha ficado muito animada. Mas valeu muito. Sim, eles precisam redecorar com urgência, um ambiente muito escuro (tudo com madeira, do chão ao teto), toalhas de gosto muito duvidoso e banheiros saídos dos anos 70 (assim como a decoração do salão de jantar). Pelo valor dos pratos individuais, por volta de R$ 80,00, o ambiente deveria ser mais bonito. Mas mesmo assim, a comida surpreendeu. Pedimos o couvert completo, que não é nada demais, vários petiscos como salada, grão de bico, azeitonas verde e pretas e torradas (não pediria novamente inclusive), mas os pratos principais foram muito bons. Eu pedi o carro chefe da casa que é o Pato com Laranjas e o Léo pediu o Javali com cogumelos. Ambos estavam deliciosos, mas confesso que o molho do pato me deixou maravilhada, realmente muito gostoso. 

Pato com Laranja

Dali, com calma, pois o trânsito estava muito intenso, voltamos para casa e para os nossos dogs.
Para nós, Paraty no inverno foi a melhor opção: calor, mas não insuportável, na casa dos 28°C, muitos turistas, mas sem lotação, preços mais baixos para a hospedagem e um diferencial que tem o ano inteiro: gente simpática e receptiva. Voltaremos, com certeza e em breve. Obrigada Paraty!