Planejamento da Viagem
Primeira decisão:
para onde ir? Nós, por exemplo, estávamos decididos sobre a nossa lua de mel.
Meu noivo queria ir para a Grécia e eu, como professora de história, adorei a
ideia! Depois, decidimos quais cidades/ilhas que queríamos conhecer e ficamos
com Mykonos, Santorini, Creta (duas cidades: Heraklion, que é a capital da ilha
e Chania) e por último, Atenas. Locais de interesse definidos, passamos a
dividir o nosso tempo entre eles. Ficamos com dez dias de viagem, o que foi bem
corrido, mas queríamos conhecer o que dava.
Primeiro fui em
algumas agências de turismo. Problema um, os poucos roteiros prontos tinham
Mykonos, Santorini e Atenas, mas não Creta. Uma agência ficou de fazer um roteiro/pacote
dentro do que eu queria, pegou meu e-mail e telefone e nunca entrou em contato.
Outra agência a mesma coisa, eu tive que ligar, enviar e-mails até eles me
responderem, o que já dá uma vontade de louca de mandar se catar pelo péssimo
atendimento. Segundo problema, os custos de uma viagem por uma agência. No
nosso caso, através de uma agência, na alta temporada e sem Creta, a viagem
sairia, literalmente, quase 3 vezes mais. É muito mais. E alguns dos hotéis
oferecidos nos pacotes não eram legais e/ou não ficavam em boas localizações.
Por outro lado, a agência, teoricamente, te dá uma segurança se algo der
errado. Pesando prós, contras e custos, nós preferimos então fazer o nosso
próprio roteiro. Gastamos menos, fizemos do jeito que queríamos e não tivemos
nenhum problema.
Ir na alta
temporada, significa mais pessoas e preços mais altos, mas como professores nós
podemos viajar em julho ou em janeiro. Se você puder viajar em outra época,
faça isso para economizar e pegar menos filas nos pontos turísticos.
Legal também é
ver a previsão do tempo para ajudar na sua bagagem e na decisão sobre locais de
interesse.
Data de Partida - 11/07
Translado aeroporto / Porto de Rafina
Ferry Boat para Mykonos
Mykonos - 12/07 a 14/07
Ferry de Mykonos para Santorini – 14/07
Santorini - 14/07 a 16/07
Ferry de Santorini para Creta/Heraklion - 16/07
Heraklion/Creta - 16 a 18/07
Ônibus de Heraklion para Chania
Chania - 18 e 19/07
Táxi para aeroporto de Chania
Avião de Chania/Creta para Atenas 19/07
Translado aeroporto / Atenas
Atenas - 19 a 21/07
Volta - 21/07
A decisão de
ir para as ilhas primeiro foi pelo fato de que voltar de Creta para Atenas na
madrugada para pegar o avião as 06h para voltar ao Brasil seria mais
complicado. No entanto, viajar, esperar, pegar o ferry, o que tudo somado deu
quase 24h para chegar a Mykonos acabou sendo bem cansativo, mas sobrevivemos.
De uma forma em geral, uma viagem como essa é bem cansativa, ir de um lado para
o outro, o fuso horário de 6h, mas garanto que vale tudo isso. Claro que se
você puder pagar pela classe executiva, terá mais conforto e chegará menos
cansado. Mas a diferença é grande: uma passagem econômica pela Turkish Airline
hoje, dezembro de 2017 para a Grécia custa 886 dólares, sem impostos. Na
executiva, esse valor sobe para 1941 dólares! Por isso, nós fomos na econômica
mesmo.
Dica: Não
esqueça de verificar a validade do seu passaporte e veja se o seu destino
necessita de visto, vacinas ou algo assim.
Seguro saúde é
obrigatório na Europa. Nós usamos o VitaCard (https://www.vitalcard.com.br/). O
plano Slim saiu para nós dois pelos 10 dias de viagem por R$ 290,44.
Se você
pretende alugar algum meio de transporte, a maioria dos países vai exigir uma
carteira de motorista internacional que nada mais é que a sua carteira
traduzida para o inglês. Aqui em São Paulo isso pode ser feito no Poupatempo.
Em outros lugares, tem que verificar no Detran. Mas acabamos não fazendo, pois
não tínhamos pretensão de dirigir durante a viagem.
Outro ponto é
saber que tipo de viajante você é. Nós gostamos da parte histórica, de andar para
lá e para cá a pé, conhecer museus. Se você é do tipo que curte conhecer as
praias e relaxar ao Sol, por exemplo, já muda a configuração e o itinerário.
Nós até fomos conhecer algumas praias e ficamos um pouco, mas não passamos o
dia inteiro nelas.
Passei a
pesquisar e ler dezenas de blogs, artigos em sites e revistas especializadas em
viagens sobre as ilhas e Atenas, sobre o que fazer, o que comer, onde ir. Todos
foram úteis de uma forma ou de outro, inclusive sobre o que não fazer. Também
tem que lembrar que os blogs são experiências pessoais, como o meu aqui, o que
significa que o que serviu para uma pessoa não necessariamente vai servir para
você. Li num blog, por exemplo, que a moça desaconselhava andar de tênis,
porque eram quentes e pesados, que era melhor andar de sandálias. Olha, se você
tem a habilidade de andar o dia inteiro, sob o Sol de 35°C, subir e descer
morro, dos mais variados tipos de terreno, incluindo areia e pedra, sem se
machucar ou fazer bolhas nos pés com sandálias, minha mais sincera admiração.
Nós usamos tênis e mesmo com o calor, foi muito confortável e seguro. Ler as
experiências de viagem de outras pessoas é super bacana, mas temos que separar
aquilo que nos serve.
Comecei a ver
as coisas da viagem com cerca de 9 meses de antecedência, afinal, como o
destino era a Europa e seria alta temporada, demorar para reservar significava
correr o risco de não conseguir o que você quer ou no preço que você quer
pagar. Um mês antes da nossa viagem, todos os nossos hotéis e hotéis próximos a
eles já estavam esgotados, sobrando apenas opções muito mais caras. Outra
vantagem de fazer com antecedência é ir pagando, deixando menos coisas para o
final da viagem ou juntando dinheiro para os pagamentos. Isso depende de você,
mas eu aconselho. Nada pior do que voltar de viagem todo endividado. Se
organize, sabendo quanto você pode pagar/guardar por mês, quanto que você
pode/quer gastar por dia.
Muito bem.
Definido local
principal, os locais secundários, o cronograma, passei a pesquisar preços de
passagens e hotéis. A passagem mais em conta foi através da Turkish Airline
através do site da decolar.com (http://www.flyturkish.com.br/ e http://www.decolar.com ).
Passagens
compradas, começou a busca pelos hotéis. Eu usei o site do http://www.booking.com porque já havia usado
antes e tinha ficado bem satisfeita. Fiz uma média entre localização, preço e
nota dos hóspedes. Dos cinco hotéis nos quais nos hospedamos, não tivemos
problemas com nenhum. O de Heraklion nós gostamos menos, mas era bem
localizado, com café bacana, limpo e linda vista para o mar, mas depois de vir
de dois hotéis super charmosos, ele ficou meio sem graça, pois era basicão.
Localização é
importantíssimo. Na minha opinião, não adianta pagar mais barato na hospedagem
e ficar num local que não seja legal para andar a noite ou que seja tão longe
que vai te obrigar a gastar dinheiro e tempo com meios de transporte. Nós
ficamos perto das principais atrações ou, no caso de Santorini, além de estar a
cerca de 7 minutos a pé do centro principal, Thira, estávamos a 3 minutos a pé
da estação de ônibus que nos levou para todos os lugares com tranquilidade.
Além disso,
como seria a nossa lua de mel, optamos por hotéis mais legais, mas sem
exageros. Se não fosse o caso, o importante seria localização e
conforto/limpeza. Beleza é bacana, mas não
esqueça que você só vai usar o quarto para dormir/banho.
Hotéis
reservados, fui ver os translados. De Atenas para Mykonos, depois para
Santorini, Creta (duas cidades diferentes) e de volta a Atenas.
Pesquisei
entre Ferry boat e aviões.
Acabamos
escolhendo os ferries para a maior parte dos translados pelo valor. Mas, eles
demoram mais. Por outro lado, o ferry de Chania para Atenas era mais caro e bem
mais demorado o que o avião. Então vai depender do trajeto também. Ou seja,
pesquise muito! Para que tem facilidade em dormir em qualquer lugar, o que
infelizmente não é o meu caso, também dá para aproveitar e tirar uma soneca no
ferry ou subir e apreciar a viagem no
deck, tirar fotos tendo o Mar
Mediterrâneo como fundo (que vamos combinar, não é nada mal).
Comprei as
passagens pela internet e depois troquei no porto Rafina, para embarcarmos para
Mykonos. É cobrada uma taxa de 6 euros para a impressão dos bilhetes (informação
que não é avisada no site, pelo menos, não achei). Aproveitamos e imprimimos
todos os bilhetes de uma vez só e, dessa forma, pagamos uma taxa só por todos
eles.
Passagens
aéreas, hotéis, translados: check!
Como ficou o
nosso itinerário com todas as informações:
Partida - 11/07
SP/Istambul – Partida
as 03h25 - Turkish Airlines
Chegada em Istambul
21h50
Partida para
Atenas – 00h50
Chegada a
Atenas as 02h10 do dia 12/07
Translado aeroporto / Porto de Rafina
Ferry Boat para Mykonos
Sea Jets –
saída as 07h40 chegada as 09h55
Valor – € 33
por pessoa
Assentos
Silver (que é a classe econômica)
Mykonos
12/07 a 14/07
– Hotel Damianos Mykonos Hotel https://www.damianoshotel.com/
Ferry de Mykonos para Santorini
14/07 –
Hellenic Seaways - € 62 euros por
pessoa – 10h15 as 13h25
Santorini
14/07 a 16/07
- Hotel Villa Rose - http://www.villarose-santorini.gr/
Ferry de Santorini para Creta/Heraklion
16/07 – Sea
Jets – € 61,80 por pessoa - 17h as 18h40
Heraklion/Creta
16 a 18/07 –
Hotel Kronos http://www.kronoshotel.gr/
Ônibus de Heraklion para Chania – tem a cada 30 min/1h, dependendo do
horário. Cada passagem custou € 15,00
Chania
18 e 19/07 –
Hotel Palazzo Duca http://www.palazzoduca.gr/
Táxi para aeroporto de Chania - € 23,00
Avião de Chania/Creta para Atenas 19/07
Olympic Air –
09h10 as 10h00 - €
Translado aeroporto / Atenas
Ônibus X95 –
sai do aeroporto (saída desembarque 5) - € 6,00 por pessoa e deixa na Praça
Syntagma, perto da Acrópole, em frente ao Parlamento e a 20 min a pé do nosso
hotel.
Atenas
19 a 21/07 –
Hotel Acropolis View Hotel http://www.acropolisviewhotel.gr/
VOLTA
21/07 – 06h00
partida para Istambul
Chegada em
Istambul 07h20
Partida para
São Paulo 09h30
Chegada em São
Paulo 17h00
Comunicação
Sobre o uso do
celular. Usar a sua operadora fora do país, provavelmente, vai dar uma grana
muito alta. Mas, ao mesmo tempo, o uso do celular, ou melhor, da internet é uma
mão na roda para tudo: mapas, informações, manter contato com a família. Num
dos blogs que li falava de um chip de celular internacional, o easysim4u ((http://www.easysim4u.com/). Fui no site,
li sobre ele e escolhi o melhor plano para nós. Nós pegamos um chip pré-pago
com internet ilimitada, mas sem direito a ligação, por 10 dias. Saiu 60 dólares
e entregaram em casa em menos de uma semana. Apanhamos um pouco para fazê-lo
funcionar, mas o pessoal do site foi super prestativo. E ter acesso ilimitado a
internet durante a viagem nos ajudou muito. Tem gente que compra um chip no próprio
local, mas aí eu não sei como funciona.
Bagagem
Meu noivo deu
a ideia de viajarmos apenas com bagagem de mão, pois como iriamos para vários
lugares, carregar uma mala pesada, esperar por bagagem no aeroporto/ferry, não
seria uma boa ideia, na verdade, não é boa ideia em nenhuma situação. Confesso,
que para mim, viajar 10 dias só com bagagem de mão parecia difícil. Mas não é
que deu certo? Comprei duas malas dentro das medidas exigidas pela Turkish
Airlines. O máximo de peso aceito pela companhia são 8 quilos por mala, mas o que
ajudou foi ser verão. Só levamos roupas leves, eu levei shorts, blusas,
biquínis e vestido. Quanto a nécessaire, comprei um kit para viagem (só se pode
levar na mala de mão frascos com no máximo 100ml e em sacos plásticos no estilo
zip lock. Sendo o máximo de 10 frascos, ou seja, 1 litro por pessoa). Eu até
exagerei e levei menos roupa do que devia. Faltaram blusinhas. Mas no nosso
hotel em Santorini havia utensílios para lavar a roupa e um pequeno varal para
pendurar e eu aproveitei. Nossas malas ficaram com pouco mais de 6 quilos, logo,
missão cumprida.
Faria
diferente: eu tenho uma franja rebelde e enrolada apesar do meu cabelo liso,
mas achei que levar minha escova de fazer escova na franja era frescura. Não
era, pois me incomodou. Além do que, uma escova é leve e ocupa pouco espaço.
Acabei tendo que comprar uma lá. Outra coisa, não levei sabonete para usar o
dos hotéis, mas todos eles davam a impressão de não estar limpando, sabe?
Então, algo para comprar também. Por outro lado, me arrependi de ter levado
shampoo. O meu não “funcionou”, não sei se o tipo da água, clima, mas meu
cabelo não ficou legal. Uma boa ideia é usar as amenities (são as miniaturas de xampu e afins que o hotel
disponibiliza no seu quarto) do hotel e se não for legal, comprar esse tipo de
coisa ao chegar ao seu destino numa farmácia ou supermercado local. Poupa
espaço, peso e você ainda usa um produto novo.
Apesar da
internet, eu fiz cópias de tudo, de todas as confirmações de hotéis, passagens
e coloquei em duas pastinhas de cheque, uma em cada bagagem. Excesso de zelo,
eu sei. Mas Melhor ter e não precisar do que o contrário. E se a internet não
funciona?
O que fazer em cada lugar?
De novo, muita
pesquisa em blogs e sites especializados. Também comprei o Guia Visual da Folha
sobre Ilhas Gregas e Atenas (http://livraria.folha.com.br/livros/grecia/ilhas-gregas-atenas-dorling-kindersley-1021459.html?tracking_number=773&gclid=EAIaIQobChMI4ImE5d2l1QIVDgeRC
h0-vQ8BEAQYASABEgJs-_D_BwE) e um pequeno dicionário grego/português que
confesso foi pouco usado, visto que as principais palavras usadas você pode
pegar na internet ou baixar no celular um app tradutor.
De novo, o que
fazer vai depender do tipo de viajante que você é. Se não liga para a parte
histórica, não adianta ir aos museus que vai se entediar, se não curte passar o
dia na praia, também não adianta programar um dia todo ao Sol. Organize seus
passeios dentro do que gosta de fazer, do quanto quer gastar, do tempo que tem
disponível. Além do mais, sempre acontecem surpresas, mudanças de planos,
dicas. Nos hotéis de Mykonos e Santorini, os donos nos deram o mapa da ilha
explicando várias coisas e dando dicas de onde ir. Também sentar e curtir as
pessoas, a paisagem, tomando um café, uma cerveja, depende do seu gosto, é
A Nossa Viagem <3 span="">3>
Nós nos
casamos no sábado, 8 de julho, e viajamos no dia 11, as 03h25 da manhã
(madrugada de segunda para terça). Tivemos o domingo e a segunda para resolver
algumas coisas e ficar com os nossos cães que ficariam com a minha sogra
durante a viagem. As malas já estavam praticamente prontas. Meu sogro nos levou
ao aeroporto cedo, pois para voos internacionais pede-se que se chegue com 3
horas de antecedência, mas você só pode entrar na sala de embarque cerca de 1
hora antes. Tarde da noite, após a correria do casamento, estávamos bem cansados,
por outro lado, foi mais fácil dormir ao embarcar.
O avião vinha
da Argentina, então já havia passageiros. Ficamos na fileira da porta de
emergência o que nos deu mais espaço para as pernas, eu fiquei na janela, meu
marido no meio e um homem na ponta. Problema: esse homem era bem grande e não
se fez de rogado ocupando o máximo de espaço dele e do meu marido. Quando fomos
sentar ele estava carregando o celular no assento do meu marido, que teve que
pedir para ele tirar, pois embora ele estivesse acordado, não se mexeu, mesmo
vendo que nos atrapalhava. Outro problema, o som da nossa fileira do
entretenimento não estava funcionando, só deu para ver filmes com legenda, pois
não havia som. A Turkish dá um kit aos passageiros, um nécessaire com meias,
sandálias, protetor labial, protetor auricular, fones de ouvido, escova e pasta
de dentes e máscara para os olhos. Ah, também há mini travesseiros e
cobertores. Eu levei uma pashmina de lã que salvou a minha vida, pois faz muito
frio no avião. A comida foi bacana e o atendimento dos comissários também. Eu
sempre tomo um vinho, ajuda a dar um soninho.
Enfim, pouco
mais de 12 horas depois, chegamos a Istambul, onde esperaríamos duas horas até
o voo para Atenas. Aproveitamos para andar pelo aeroporto e conhecer o
DutyFree. Toda a parte de comida/bebida é caríssimo, então, se prepare.
Exemplo: 6 euros por UMA maça, 11 euros por um muffin.
Aeroporto de
Istambul – Turquia.
Voo para
Atenas as 00h50 com previsão de chegada em Atenas as 02h10. Não houve atrasos e
chegamos no horário previsto. Nosso ferry para Mykonos era só as 07h40, então
tínhamos muito tempo para nos organizar e enrolar mais um pouco.
Tentamos fazer
o nosso chip funcionar, sem sucesso pois não atentamos ao fuso horário e ainda faltavam
algumas horas para o início do uso. Andamos pelo aeroporto, cochilamos. Eu
havia lido que tinha um ônibus que saia de dentro do aeroporto para o Porto
Rafina, nosso destino (também tem ônibus para Atenas, Porto Piraeus entre
outros lugares). Fomos até o guichê de informação do aeroporto e a moça, muito
simpática nos mostrou o número do ônibus, seus horários de partida e nos
explicou onde era o ponto. A passagem de ônibus de 4 euros por pessoa saiu
muito mais barato que um táxi ou uber que custariam por volta dos 40 euros (o
ônibus é de viagem, confortável e com ar condicionado). Haviam outros turistas
no ponto e no horário previsto, 04h20, embarcamos. Levou cerca de 30 minutos
até chegarmos ao porto. Esperamos até as 05h15 para a agência pela qual comprei
as passagens dos ferry boats abrir para trocarmos a guia da internet pelas
passagens de fato. A área do porto é super agradável, limpa. Um café abriu as 05h00
já atendendo alguns turistas. Nós ficamos sentados (tem um lugar coberto com
cadeiras) e esperamos até podermos embarcar, cerca de 1h antes do horário da
partida, no nosso caso as 06h40.
Saindo do ônibus
e admirando o porto Rafina
Espaço de
espera no Porto Rafina
Dentro do
ferry há vários tripulantes para dar informações. Viajamos na classe
econômica e os números dos assentos ficam no teto. (nós e depois percebemos, um monte de
gente apanhou até descobrir isso). Achamos o nosso lugar e nos instalamos.
Depois da viagem começar, vira meio terra de ninguém, cada um senta onde quer,
rs.
Dentro do
Ferry Boat, os números dos assentos no teto em vermelho.
Cochilamos um
pouco, depois fomos para a área externa. O tom de azul do mar Mediterrâneo impressiona
pela sua intensidade. Vento no cabelo, umas fotos e vamos lá.
Rumo a Mykonos!
Depois de cerca de 24 horas viajando, dá um alívio na alma chegar ao nosso destino. O dono do nosso hotel, o sr. Thanos Kousathanas estava nos esperando, conforme o combinado. Pessoa super simpática, nos recebeu com um enorme sorriso. A primeira impressão ao chegar a ilha é a sua aridez. Ela é pequena, tem pouco mais de 105 km2, ou seja, é bem pequena. A vegetação é escassa, concentrada nas áreas mais urbanizadas.
Nosso hotel
era lindo! A cidade fica em morro e o hotel bem acima. Então para chegar até a
cidade e todas as suas lojas e restaurantes era uma caminhara em descida de uns
8 a 10 min. O problema, depois de andar muito e debaixo de Sol, era subir o
morro de volta. Mas a vista do hotel era espetacular, um pôr do sol de tirar o
fôlego! Chegamos por volta das 10h, mas o
check in era só as 14h. Trocamos de roupa, deixamos nossas malas e partimos
rumo a cidade.
Surpresa:
andando pelo labirinto de ruelas (só para pedestres), perdemos as contas da quantidade
de joalherias. Outra coisa, apesar de ser uma pequena ilha, ela é cheia de
lojas de marcas famosas como Chanel e Burberry. Andamos pela orla, vendo os
restaurantes e aproveitando a vista. Mas estávamos mesmo muito cansados de toda
a viagem. Voltamos ao hotel e eu passei um pouco mal, queda de pressão, pelos
35°C, cansaço, Sol abrasador. Voltamos
ao hotel onde fomos super bem recebidos, com água gelada e apesar de ainda não
ser 14h, nosso quarto já estava pronto. Tomamos banho, descansamos um pouco e,
refeitos, fomos comer. Acabamos escolhendo um restaurante da orla, bem
turístico, porque não estávamos muito afim de procurar. Uma bela vista, bebida
gelada e comida grega. Aliás, comida grega é maravilhosa!! Uma salada grega de
entrada, um mix de vários pratos gregos, cerveja gelada. Estava muito bom!
Andamos mais um pouco e voltamos ao hotel para descansar.
Saindo do hotel
Na orla do centro
Pelas ruazinhas...
Da nossa mesa no restaurante
Piscina, pôr
do Sol, banho e saímos para jantar. Usando o Tripadvisor, procuramos o
restaurante Oregano. O dono do hotel havia indicado, e era bem perto (uns 10
minutos a pé). Demoramos um pouco para achar, mas tudo certo. Realmente,
bonito, comida deliciosa e com ótimo preço. Adoramos!
O primeiro pôr-do-Sol da área da piscina do hotel
Salão do Restaurante Oregano
No dia
seguinte, após o café, a ideia era pegar o ônibus, que passa na frente do hotel,
para irmos até a Elia Beach, indicação do Sr. Kousathanas.
Fomos primeiro
até o belíssimo Museu Arqueológico de Mykonos (http://odysseus.culture.gr/h/1/eh151.jsp?obj_id=33010).
Tem várias peças, que vão de joias a esculturas, desde a antiguidade até a
Idade Moderna. O ingresso custa 4 euros. Usamos o Waze para nos guiar e ele nos
levou pelo caminho mais longo. Mas aproveitamos a caminhada de qualquer forma.
O visual a caminho do Museu
Depois pegamos
um ônibus – 2 euros cada - (quase perdemos, mas demos uma corridinha e o
motorista
parou para nós) e fomos para a praia. Elia Beach é linda mesmo. Mas aqui
tivemos a nossa única experiência não tão positiva em toda a viagem. Tem um
restaurante que atende toda a praia. Esse restaurante mantém toda uma estrutura
de cadeiras/espreguiçadeiras e guarda-sóis. Nosso inglês não muito bom e o
inglês da moça que nos atendeu também não muito bom e mais o sotaque grego,
dificultaram a comunicação. Entendemos que as espreguiçadeiras de frente para o
mar estavam reservadas as pessoas que iriam almoçar depois no restaurante, as
da área central aquelas que iriam almoçar ali mesmo e as do final para quem só
iria petiscar ou beber e que a consumação mínima era de 30 euros. Sentamos nas
últimas pedimos bebidas e aí a moça voltou e cobrou os 30 euros. Aí entendemos
que esse valor era só para usar as cadeiras!
Como nós já havíamos pedido coisas e tal, acabamos pagando, mas nos
sentimos lesados, pois jogamos 30 euros fora. A praia se divide entre área com
estrutura e área sem nada, livre. Ficamos mais espertos a partir daí.
Lembrete:
topless é comum em muitas ilhas gregas.
Outra coisa, Mykonos é uma ilha bem cara para comprar lembranças, roupas, joias, mas eu levei um
belo susto: um par de havaianas por 40 euros!!! E vou dizer que lá o
negócio é havaianas. Nove em cada dez turistas está usando as nossas
sandálias. Depois encontramos para vender em Santorini e em Atenas bem mais "barato", entre 9 e 15 euros.
Elia Beach
Voltamos para
a cidade, passeamos mais e fomos para a piscina do hotel relaxar, fugir do
calor e aproveitar mais um lindo pôr-do-Sol. Mais tarde a noite, fomos jantar
no Oregano mais uma vez. No dia seguinte, malas prontas, nosso anfitrião nos
levou até o porto junto com um casal e Venezuelanos que, como nós, estavam em
lua-de-mel.
Mais
impressões de Mykonos: super seguro. Andamos tarde da noite sem problema
nenhum. Durante o dia, mesmo com as ruas cheias de turistas, anda-se com
tranquilidade. Só vimos dois policiais uma vez. A praia em frente a parte mais
turísticas pode ser usada também, é uma praia limpíssima e bem requisitada.
Nos despedimos
e rumamos para Santorini.
Assim como em
Mykonos, os responsáveis pelo nosso hotel foram nos buscar no porto. Aliás,
esse serviço é feito sem nenhum custo, é só combinar com alguns dias de
antecedência da sua viagem (eu fiz isso algumas semanas antes).
Nosso ferry
Nosso hotel, o
Villa Rose - http://www.villarose-santorini.gr/
- era uma graça! Estilo pousada, simples, mas muito bacana. A família
proprietária também muito gentil, nos deram várias dicas. Enquanto fazíamos o
check in, nos serviram suco gelado, água, chocolates e bolachinhas de cortesia.
O Villa Rose é super bem localizado, fica há poucos minutos do centro
principal, Thira e da estação central de ônibus de onde podíamos ir para
qualquer lugar da ilha pelo valor de 1,80 euros.
Neste hotel
não há café da manhã servido num salão ou restaurante, mas no quarto há uma minicozinha
super bem aparelhada com o que precisar: fogão, micro-ondas, cafeteira,
frigobar abastecido com café, chá, açúcar, mel, iogurte, geleia, manteiga,
bolachas, torradas, leite, suco, croissants de chocolate (divinos). Também há
uma varanda grande e coisas para lavar roupa (que eu aproveitei).
Nossa minicozinha
Pertíssimo do
hotel há uma padaria maravilhosa, a Mylonas. Doces, salgados, café e funciona
24 horas.
Doces típicos gregos: nós achamos muito doces!
Trocamos de
roupa e fomos ao Koutsoyannopoulos Wine
Museum (http://www.santoriniwinemuseum.com). Bem bacana, supertranquilo, tem
áudio guia em português. O ingresso custou 9 euros cada e dá direito a visita
ao museu e depois a uma degustação dos vinhos no final. Valeu muito!
Pegamos outro
ônibus e fomos para Kamari Beach. Paramos para comer (um prato com vários
frutos do mar) e ficamos andando. A praia é lindíssima, com suas pedras pretas
no lugar da areia. Toda a orla é cheia de lojas, hotéis e restaurantes. Ao
contrário de Mykonos, você paga o que consome. Mas preferimos passear e curtir
um pouco a praia.
Restaurante a beira mar em Kamari
A pedras negras dão um contraste muito bonito
Voltamos ao
hotel por volta das 19h. Tomamos banho e saímos para o centro de Thira que dá
para a Caldeira do antigo vulcão. Senta que lá vem história: a caldeira é
resultado da grande erupção que ocorreu por volta de 1600 a.C., e que dividiu a
ilha dando a forma que tem hoje. Suas cinzas soterraram a cidade de Akrotiri,
hoje um museu. Veja o antes e depois da Ilha:
O visual da
caldeira é lindíssimo! Ali existem centenas de ruazinhas com lojas,
restaurantes e hotéis voltados para a Caldeira. Demos uma rápida entrada na
Catedral Ortodoxa de Thira e ficamos passeando.
Chegando ao
centro de Thira
Igreja Ortodoxa
de Thira
O maravilhoso visual da cadeira
Encontramos,
por acaso, uma Igreja Católica, a Igreja de São João Batista. Rodamos bastante
e paramos para comer o mais típico dos pratos gregos: o pita gyros!! É um sanduíche
feito com o pão pita, tomates, cebolas, pimentões, batata frita e um carne que
você escolhe entre frango, porco, cordeiro. Também tem opções vegetarianas. É
incrivelmente gostoso e barato, cerca de 3 euros cada. Também há opções no
prato para fome maior ou para dividir, mas todos com bons preços. Aliás, os
preços de Santorini são melhores que os de Mykonos. Para acompanhar, uma Mythos
Beer bem gelada.
Pita Gyros
No dia
seguinte, fomos para as ruínas de Akrotiri que fica ao lado da Praia Vermelha. O
ônibus para bem na frente do Museu. Akrotiri, como falei acima, foi uma cidade
soterrada pela violenta erupção do século XVII a.C.. Suas ruínas foram
encontradas no final do século XIX. A estrutura do telhado que feita para
cobrir a cidade e transformá-la em um museu, desabou antes da inauguração
oficial, matando um visitante em 2005. Depois disso, ela reabriu apenas em
2012.
A visita é
fantástica. Você passa inclusive por dentro de algumas áreas da cidade, vê
escadas, paredes, camas. Mas a maioria do que foi encontrado lá está nos museus
de Thira e Atenas.
Depois de
Akrotiri, é só seguir as placas, andar uns 15 minutos e chegar a praia
Vermelha. Demos um mergulho para refrescar, pois o calor era abrasador.
Museu de Akrotiri
Museu de Akrotiri
Praia Vermelha
Ficamos um
pouco, curtimos a beleza e voltamos para Thira. Comemos e fomos ao Museu Arqueológico
onde vimos algumas das peças de Akrotiri entre outras peças e mosaicos.
Depois pegamos
um ônibus para Oia. A região de Oia é onde tem aquela famosa foto das casinhas
brancas e de um grande domo azul. Também é uma região belíssima e cheia de
lojas, restaurantes, hotéis. Dizem que o pôr-do-Sol é maravilhoso, mas
decidimos voltar para o hotel, pois estávamos cansados e melados da praia e
curtir o pôr-do-Sol de Thira.
Oia
Oia
Oia
Banho tomado,
fomos curtir a noite de Thira novamente. Aproveitamos para fazer umas
comprinhas para a família. Assim, nós preferimos gastar nosso dinheiro comendo
e visitando lugares.
Pôr-do-Sol em
Thira.
Última noite.
Resolvi repassar o resto da viagem antes de dormir e entrei em pânico: na minha
cabeça, entendi que havia marcado dois hotéis para o mesmo dia. Chorei, me
xinguei. Dormi, acordei de madrugada, não acreditando que tinha feito aquilo.
Acordei meu marido e resolvemos rever tudo de novo e aí eu percebi, que toda a
minha loucura era porque eu adiantei a data do celular em um dia a mais. Então
era dia 14, mas no meu celular marcava dia 15. Ou seja, estava tudo certo,
errado só a data do celular. Pensa numa pessoa louca...
Mistério
desfeito, paz na alma de novo, dormimos.
No dia
seguinte. Demos mais um passeio e tínhamos que fazer o check out. Nossa
anfitriã fantástica, nos avisou que o ferry estava atrasado, mas que ela precisava
do quarto, porém que podíamos ficar à vontade na área da piscina e ela nos avisaria
a hora de ir. Ficamos sossegados, tiramos um cochilo, de novo nos serviram de
cortesia, batatinhas, bolachas, chocolates, água e suco gelado.
Pátio do Villa Rose
Depois, ela nos
levou até o porto cerca de 20 minutos antes do ferry chegar.
Adoramos
Santorini. Mesmo.
Agora, rumo a
Creta!
Pôr-do-Sol no
Mar Mediterrâneo, indo para Creta.
O ferry, um
pouco mais demorado, nos levou a Heraklion, capital de Creta no final do dia.
Caminhamos cerca de 15 minutos e chegamos ao hotel. O hotel, antigo, grande,
diferente das outras ilhas. Um quarto simples, mas bem limpo, bem localizado e
com uma linda vista do mar.
Vista da
janela do hotel na manhã seguinte
Deixamos
nossas coisas, no hotel, um banho e saímos para passear e procurar um lugar
para jantar. Heraklion é outra pegada. Uma cidade grande, bem diferente do que
havíamos visto até agora, mas não menos interessante ou bonita, apenas
diferente. Rodamos um pouco, ruas, lojas e paramos para jantar. Procuramos um
restaurante que o Tripadvisor indicou, mas era domingo e estava fechado. Encontramos
outros dois restaurantes, um ao lado do outro, e escolhemos o mais vazio para
“dar uma força”. O Restaurante Kapetanios tem comida simples, mas boa e barata.
Ainda no final, ganhamos um prato com uvas de cortesia. (https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g189417-d10397758-Reviews-Kapetanios-Heraklion_Crete.html).
Fonte: site do tripadvisor
No dia
seguinte, as ruínas de Knossos!
Em informações
da internet, vi que se comprássemos o ingresso casado para as ruínas de Knossos
(https://www.heraklion.gr/en/ourplace/knossos/knossos.html)
e para o Museu Arqueológico de Heraklion
(http://heraklionmuseum.gr/?page_id=1406&lang=en)
saia mais barato. Então fomos até o Museu, compramos o ingresso – 16 euros cada
-, mas preferimos visitar as ruínas primeiro, pois era de manhã e pensamos na
questão do Sol e do calor, deixando a hora mais quente para visitar o museu
fechado e com ar condicionado. Pegamos um ônibus – 2 euros por pessoa - até as ruínas (ele para bem na frente). Ter
comprado os ingressos no museu primeiro nos poupou uma enorme fila para
compra-los em Knossos.
Ir a Creta foi
ideia minha. Como já disse, sou professora de história e não tinha como deixar
de visitar o berço da civilização grega, a civilização minoica e as suas
principais ruínas, a cidade de Knossos, (ela foi projetada pelo famoso
arquiteto da época, Dédalos). Foi muito, muito bacana. É uma sensação muito doida
(positivamente falando), estar “dentro” da sua aula. Andamos pelas ruínas,
mesmo cedo já estava cheia, excursões, famílias, enfim, para passar pela sala
do trono havia até uma pequena fila, mas rápida.
Andamos bastante, pegamos o ônibus e paramos em frente ao Museu. Ar condicionado, com calma, percorremos os corredores, os artefatos, de vários períodos e lugares. É uma viagem no tempo. Claro, só vai curtir se gostar de história e mesmo assim, depois de vários museus e muitos, muitos vasos, como diz meu marido, pode ser cansativo.
Fonte Morozini
Catedral de St. Minas
Catedral de St. Minas
Paramos para
comer na região da fonte e foi ótimo! Voltamos ao hotel, para descansar por
umas duas horas, depois banho e rua! Andamos pela orla, pela cidade, jantamos e
nos despedimos.
Acordamos cedo
e pegamos um ônibus para a cidade de Chania. A viagem durou umas 2 horas. Da
rodoviária até o nosso hotel, levamos uns 20 minutos a pé, com tranquilidade.
Gente. Confesso que Chania foi uma das maiores e melhores surpresas da viagem.
A cidade velha é um antigo porto veneziano (Chania pertenceu a Veneza do século
XIII ao XVII, sendo então conquistados pelos turcos, só se tornando livre deles
no século XIX, após uma revolta promovida por Elefthérios Venizélos, que depois se tornou 1º ministro da Grécia). É
simplesmente deslumbrante. A orla cheia de restaurantes e bares, o velho farol,
o mar transparente, as ruazinhas charmosas cheias de lugares misteriosos, lojas
e hotéis. O hotel em que ficamos tinha o quarto mais bonito de toda a nossa
viagem, o Palazzo Duca. LINDO. Pequeno, ambiente super acolhedor, você recebe a
chave do quarto e a chave do hotel para entrar a hora que quiser, assim mesmo,
na confiança total. Pessoal do hotel também foi super gentil a nos arrumar um
táxi para de manha bem cedo para irmos ao aeroporto.
Old Town - Porto Veneziano
As belas ruazinhas de Chania
Deixamos as
malas e saímos pela linda cidade. Paramos para almoçar, o único restaurante que
foi ruim durante a viagem. Um lugar bonito, com um serviço super demorado
(várias mesas desistiram e uma saiu sem pagar enquanto outra foi discutir com o
dono que ameaçou chamar a polícia), trocaram os nossos pedidos. Mas naquele
lugar paradisíaco, não nos tirou o bom humor. Fizemos piada, rimos da situação
e fomos embora. Então, desaconselho fortemente um restaurante chamado Banana
Garden.
Caminhamos até
o farol e a muralha veneziana e quando anoiteceu, voltamos ao hotel, e de novo,
banho e rua. Mais andanças até escolhermos um lugar para jantar que foi
excepcional! O Restaurante Plateia (https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g189415-d4274223-Reviews-Plateia-Chania_Town_Chania_Prefecture_Crete.html)
era super bonito, com muitas mesas na rua, de frente para o mar e um lindo
pôr-do-Sol. Atendimento ótimo, comida maravilhosa e cerveja super gelada. Nós
pedimos uma salada deliciosa de entrada com figos caramelizados (salada
plateia), o Léo pediu uma massa a carbonara (gente, é um prato assim, gigante
de macarrão!), eu pedi uma pizza de cogumelos (as pizzas são grandes, mas são
individuais!!), mais 2 refrigerantes, 2 cervejas Fischer de 500ml e a conta foi
de 37 euros, pouco mais de 150 reais. Viajar é assim, um dia você gasta 5 euros
jantando pita gyros e cerveja e no outro pode ousar um pouco mais.
Andamos mais
um pouco e voltamos para o hotel, pois o nosso voo era cedo para Atenas. Mas eu
recomendo dar, pelo menos, mais um dia para Chania.
Muralha
O azul profundo
O Farol
Vista da cidade da muralha
No restaurante Plateia curtindo o último jantar na cidade
Cedinho, o
táxi estava nos esperando no local combinado, a alguns passos do hotel. Pagamos
23 euros pela corrida. Fizemos o check in no aeroporto e fomos comer algo, pois
saímos antes do café da manhã ser servido no hotel. Como em qualquer lugar do
mundo, aeroporto é uma fortuna, mas precisávamos comer, então, não adianta
chorar.
O voo foi
rápido.
Chegamos a
Atenas por volta das 09h10.
Pegamos um
ônibus, o X59, que para na Praça Syntagma. Dali, andamos cerca de 20 minutos
até o nosso hotel.
Já fomos dando
uma olhada na região. Nosso hotel, o Acropolis View Hotel - https://www.acropolisviewhotel.gr/en/home,
tinha vista para o Parthenon. Pensa na minha emoção... Chegamos ao hotel e o
quarto já estava sendo limpo e levaria apenas alguns minutos para podermos fazer
o check in, mesmo sendo fora do horário. Sentamos na recepção, nos ofereceram
água gelada, aceita de bom grado e descansamos um pouco. Foi ótimo poder entrar
no quarto antes do horário do check in, já largar as coisas, se organizar. Para
onde vamos? Fomos ao Templo de Zeus (se eu não me engano, 6 euros), ao Arco de
Adriano (fica na rua) e para a Acrópoles!!! O ingresso custou 20 euros para
cada, mas lá existe um ingresso que custa 30 euros e te dá acesso a várias
atrações e monumentos. Não compramos e nos arrependemos, pois acabamos gastando
mais.
Enfim, a
Acrópole. Eu nem sei explicar a minha emoção, os olhos encheram de lágrimas,
pensei em vários amigos e colegas que iam sentir a mesma satisfação que a minha
naquele local. Andar ali e pensar nos grandes nomes, como Sócrates, que andaram
por aquelas mesmas estradas de pedra. Os nomes nos assentos, o Teatro, o
Parthenon. Foi, realmente, um sonho realizado, bem realizado. Muitas fotos,
muito calor, muitos turistas, muita emoção. Fora a parte histórica, a vista de 360°
de toda a Atenas é belíssima!
O Arco de Adriano
O Templo de Zeus
A fila para a Acrópoles
O Teatro de Dionísio
Parthenon
Templo de Atenas
Vista da Acrópoles
Essa moça levou a visita bem a sério!
Depois fomos a
Ágora Grega.
Andamos mais
um pouco pelas ruas super chegadinhas do bairro Plaka.
Voltamos ao
hotel, um banho, um pouco de pernas para cima e saímos para jantar. Pelo santo
Tripadvisor, procuramos um local barato, bom e perto do hotel. O indicado foi
um lugar chamado Sfika (https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g189400-d7940425-Reviews-Sfika-Athens_Attica.html)
. Realmente, super pertinho, uns 10 minutos de caminhada lenta. O lugar uma
graça! Pequeno, ruas na calçada, o dono e os garçons super simpáticos. Comemos
MUITO bem, as melhores almôndegas da nossa vida, cerveja bem gelada. Quando
pedimos a conta, veio a cortesia: um prato de cerejas e uma dose de tsikoudia
para cada um, é um destilado de uvas, um pouco mais suave que a nossa cachaça,
mas similar. Acabamos ganhando duas doses no final.
Voltamos ao
hotel, e-xaus-tos.
Último dia em
Atenas.
Acordamos um
pouco mais tarde, tomamos café. Como no dia anterior nós visitamos os pontos
que nós mais queríamos ver, estávamos mais sossegados. Fomos para a Praça
Syntagma para ver a troca da guarda no Parlamento Grego.
Depois
passeamos pelo gigantesco parque ao lado, o Parque Nacional, onde se encontra o
Zappeion, um prédio utilizado para congressos, reuniões oficiais e afins.
Andamos, descansamos a sombra das árvores.
Observação: Uma
coisa que nós percebemos é que existem muitos animais de rua, cães e gatos, mas
eles são tratados de alguma forma. Os cães possuem coleira e não são expulsos
de lugares públicos. Em Chania, por exemplo, tinha um cachorro enorme, deitado
na frente do ventilador na rodoviária e tudo bem. Na sala do trono em Knossos,
a mesma coisa. Ainda em Atenas, percebemos potinhos com água e comida, em
vários lugares.
Esse cachorro fugiu do calor e estava deitado do lado de fora da sala do trono em Knossos.
Esses aqui, também fugindo do Sol, descansavam nas ruas de Santorini
E esse aqui, estava dividindo a sombra de uma árvore com a gente no Parque Nacional em Atenas
Continuando o
passeio, fomos até o Estádio Panatenaico, onde houve a abertura dos jogos
olímpicos e voltamos para perto do hotel, andando pelo bairro de Plaka. Várias
ruazinhas e lojinhas de todo o tipo. Para quem curte instrumentos musicais,
como o Léo, entramos numa loja muito bacana, a Muse Music Store. Mesmo deixando
claro que não pretendíamos comprar nada (instrumentos lindíssimos, mas caros),
o dono foi super gentil, conversando e nos mostrando a loja.
Voltamos ao
hotel, descansamos um pouco e saímos para jantar no Sfika novamente.
Dormimos cedo,
pois nosso voo era as 06h e precisávamos estar no aeroporto de madrugada. Não
quisemos arriscar e ir a pé até a praça e chamamos um táxi, que nos cobrou 15
euros por uma corrida de 10 minutos. Ele queria nos convencer ir com ele até o
aeroporto, quando não aceitamos “enfiou a faca”. O legal é combinar o preço antes,
mas como foi o hotel que chamou não tivemos essa oportunidade. Pegamos o ônibus
e fomos para o aeroporto. Check in feito, andamos um pouco até a hora do
embarque.
Não existe
dignidade depois de passar horas zanzando pelo aeroporto. Você dorme onde dá,
se ajeita para aguentar o cansaço.
Como na ida,
paramos em Istambul onde aproveitamos o Duty Free. Nosso voo de volta foi bem
chato. Por algum motivo desconhecido, deixaram alguém embarcar com um violão.
Na hora de levantar voo, onde colocar aquilo? A comissária colocou atrás dos
nossos bancos, que ficavam encostados numa parede. O Léo estava na janela, eu
no meio e do meu lado uma senhorinha oriental (não sei a sua nacionalidade).
Quando o avião subiu e os avisos do cinto apagaram, chamei a comissária e pedi
para retirar o violão, pois não conseguíamos recostar o banco. Ela ficou me
olhando e disse algo do tipo, ah, mas é o único lugar que tem. Eu a lembrei que
aquele era um voo de 12 horas e que ela ia nos tirar o pouco do conforto que
poderíamos ter. Ela acabou concordando e tirou o violão. O espaço entre os
bancos da classe econômica para o meu marido de 1,85m foi bem desconfortável,
na real, eu que tenho 1,70 já sofro bastante. Mas paciência. De forma em geral,
o voo correu sem maiores problemas.
Chegando ao
Aeroporto de Guarulhos e pegamos um ônibus até São José dos Campos.
A viagem,
obviamente, foi maravilhosa. Foi a melhor viagem das nossas vidas. Literalmente,
a realização de um sonho que foi possível través de muito planejamento e economia.
Foi mais de um ano poupando, nos privando de muitas coisas, pensando no foco maior e
valeu tudo. Qualquer viagem é possível com planejamento e economia.
O melhor da Grécia:
os gregos. As pessoas são super simpáticas, prestativas, gentis. Nas ilhas a
segurança e tranquilidade ajudaram muito no clima da viagem. Em Atenas, ao
mesmo tempo em que vimos um policiamento grande, principalmente nos grandes monumentos,
nos surpreendemos com as garagens dos prédios abertas, sem grades, e os caixas
eletrônicos 24h nas calçadas. A comida fantástica, as paisagens... enfim... se
organize, planeje, economize e vá, vá para a Grécia, para a Itália, Vietnã,
Japão, Las Vegas, Panamá, Fortaleza... vá onde o seu sonho te levar.